Sessão

Bacia de Pelotas continua na mira da exploração de petróleo e gás natural

Blocos exploratórios estarão disponíveis em sessão da Agência Nacional de Petróleo no início de dezembro

Foto: Divulgação - DP - Bacia já participou do processo, mas não obteve nenhuma proposta

No próximo mês, 12 setores da Bacia de Pelotas estarão disponíveis no 4º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão (OPC) da Agência Nacional de Petróleo (ANP), principal forma de licitação de áreas para exploração e produção de petróleo e gás natural no País. A sessão está prevista para o dia 13 de dezembro.

Em outras ocasiões, a Bacia já participou do processo, mas não obteve nenhuma proposta. Além do litoral gaúcho, as bacias Potiguar e de Santos também têm blocos marítimos participando da sessão. "Pode ser que existam áreas com interesse de várias empresas, e áreas que não recebam proposta nenhuma, que foi a situação da Bacia de Pelotas no ano passado", exemplifica o professor do curso de Engenharia do Petróleo da UFPel, Forlan Almeida.

Este ano, a expectativa pode ser um pouco mais otimista, uma vez que já foi demonstrado publicamente pelo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, o interesse em investir no litoral gaúcho. Segundo a ANP, 21 empresas já declararam interesse e deram garantias de oferta nos 33 setores terrestres e marítimos que compõem a sessão. Apenas nos setores da Bacia de Pelotas, mais de 150 blocos exploratórios marítimos estarão disponíveis das empresas.

Pé no chão

Quem é especialista no assunto, garante que uma possível exploração e/ou produção teria impactos sociais e econômicos significativos, mas afirma que a realidade ainda é distante. "Como engenheiro de petróleo, vejo que a gente precisa manter o pé no chão e saber que a região não tem as características mais atrativas", observa Almeida.

A Bacia, pouco explorada até hoje e desprovida de estrutura já existente para facilitar explorações e produção, se torna menos atrativa do que outros pontos disponíveis na OPC, avalia o professor. "A exploração teria que mostrar que tem uma reserva de grande potencial para que ela cubra todos os custos necessários para instalar essa primeira estrutura. Existem outras regiões na oferta pública que são próximas de lugares onde já existem essas estruturas, então os investimentos são menores", comenta.

No entanto, não é descartado pelo engenheiro que haja ofertas na Bacia para, justamente, buscar mais conhecimento sobre o potencial da região. "A Bacia de Pelotas sempre acaba figurando. Talvez esse ano a gente veja algo um pouco diferente do que em outros momentos, em que não houve nenhuma oferta efetiva. O que posso dizer que pode acontecer é haver interesse em fazer uma exploração para conhecer e, talvez no futuro, pensar na possibilidade de produção", acrescenta.

Sobre a Bacia

Apesar do nome, a Bacia de Pelotas corresponde a uma extensão de 200 milhas náuticas, que se inicia no Estado de Santa Catarina e vai até o Uruguai. Os primeiros estudos acerca do potencial Desde as décadas de 50 e 60 já são feitos estudos para avaliar o potencial da região.


Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Praias da Zona Sul se preparam para o Réveillon 2024 Anterior

Praias da Zona Sul se preparam para o Réveillon 2024

Treze Horas celebra 45 anos em jantar por adesão Próximo

Treze Horas celebra 45 anos em jantar por adesão

Deixe seu comentário